Infinitude...

Arranco no prado

... o meu grito!

A revolta do meu ser,

deste meu triste viver...

De angústia lapidada;

Acabada...

Que esse grito da vida,

encastele na pradaria,

minha fortaleza...

A mulher que esquecia,

em cores se diluía...

Se perdia...

É luz cuada de vitral...

Aroma de simples flor...

Arrancada de mim,

esquecida de mim;

Perdida para mim...

Nada me disse...

E o tempo passa...

Implacável... acaba,

não amei... já perdi,

não vivi...

O tempo passou...

Chora no teu grito...

lágrimas minhas

...são rio de sangue,

no vermelho do meu ser...

Tingindo o teu caminho,

na angústia astral...

Estou sozinho

... não faz mal.

Já nada me ilude

...na infinitude.

António Zumaia
Enviado por António Zumaia em 29/05/2006
Reeditado em 29/05/2006
Código do texto: T165522