A passarinha inerte.

Um pequeno passarinho

Cantou na minha janela

Era de manhã cedinho

E por sinal muito bela.

A vóz daquele passaro

Mexeu demais comigo

Esse é um fato raro

Parecia querer um amigo.

Que pena que eu não atendi

O apelo dessa avezinha

Que parecia tanto pedir

Por alguma ajuda minha.

E eu demorei pra atender

E me arrependo agora

Na hora que eu fui ver

Ele já tinha ido embora.

Depois eu fiquei pensando

Não se age dessa forma

Um passarinho precisando

A minha alma não se conforma.

A passarinha inerte

Caida ali na soleira

Fui um poeta insolente

No seu triste desespero.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 17/06/2009
Código do texto: T1654246
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