A passarinha inerte.
Um pequeno passarinho
Cantou na minha janela
Era de manhã cedinho
E por sinal muito bela.
A vóz daquele passaro
Mexeu demais comigo
Esse é um fato raro
Parecia querer um amigo.
Que pena que eu não atendi
O apelo dessa avezinha
Que parecia tanto pedir
Por alguma ajuda minha.
E eu demorei pra atender
E me arrependo agora
Na hora que eu fui ver
Ele já tinha ido embora.
Depois eu fiquei pensando
Não se age dessa forma
Um passarinho precisando
A minha alma não se conforma.
A passarinha inerte
Caida ali na soleira
Fui um poeta insolente
No seu triste desespero.