labaredas
quando passeias no jardim
tenho pena das flores
morrem de inveja de mim
e por ti morrem de amores
quando pisas no mar
o mar passivo te afaga
te carrega nos braços
com todo cuidado
como faz o amado
com a mulher amada
quando amanheces bem cedo
o sol corre feliz
se espreguiça entre os teus dedos
se esparrama na tua cama
e reclama
da eternidade do teu sossego
quando tenho teus olhos
postos em mim
são labaredas
deixam meu corpo em brasa
e minha alma assim
acesa