CULPADA
Imagino teu ventre veludo
Num compasso ou descompasso incontido.
Queria ter-te ao menos, senão tudo,
Sob meu corpo, sob o vestido.
Posso pensar você sorrindo,
Maliciosa ou comportada.
Não penso em você já indo,
Pois anseio por tua chegada
Calo-me ao teu beijo ansioso,
Seguro-me em teu corpo febril.
Quero-te mulher com cabelo sedoso,
Tenha-me, sou escravo servil.
Se quiser ser minha, intensa...
Serei homem voraz e dedicado.
Minha alma tenta, mas pensa:
Antes de dádiva, o pecado.