Borboletas – Ohlavrac Nilknarf
Borboletas – Ohlavrac Nilknarf
Quantas pessoas iguais?
Eu sou igual? Talvez...
“Talvez é resposta de tolo!”
Tola vida, tolo mundo, tolas pessoas...
Pudera eu, transformar-me em várias borboletas...
Vagar pelo mundo em busca de belas flores!
Ser suave e singelo feito borboletas douradas!
Que em um hostil pisão esfacelam-se.
Mas levaria sonhos e esperanças a flores murchas...
Pudera eu, alimentar o mundo com minha carne dura...
Suaves lágrimas percorrem bonitos rostos!
Intenso sangue esbarra em desumanas lâminas!
Carente peito se despede de amarga vida!
Tantas crônicas deparam-se nas minhas viagens...
Minhas frágeis asas batem forte!
Mais forte batem meus corações!
Já visitei várias flores!
Já fui tantas vezes esmagado, tantas...
Que não consigo nem me regenerar...
Estou morrendo, sumindo aos poucos...
Meu corpo morre, minhas borboletas morrem, meus sentimentos também morrem... ]
Mas se você, mesmo que vagamente, puder sentir minhas asas,
então morrerei feliz!
“Voei, voei e não cheguei a lugar algum!
Estou tão feliz, talvez seja liberdade...”