Quadras soltas
Escuto o chilrear da passarada
E da praia o tão próximo marulhar,
Acordo e busco a minha amada
Mas vazio eu acho o seu lugar...
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Que vida a minha, tão cigana...
Nunca paro no meu lar!
Nesta roda viva tão insana
Viajar, trabalhar, viajar, trabalhar...
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Sinto os passos de um cavalo
No meu corredor do hotel!
Relincha a égua a acompanhá-lo
Gargalhando e em tropel...
(Será o hotel um bordel?!)
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É...a idade chegou, eu sinto!
Aspirina o dôtô mandou ingerir...
Que as velhas veias tão se a entupir!
Mas não tomei essa merda, não minto...