Tecelão de Sonhos

Criando, titilando, bordando, rangendo...

O tecelão se aproxima de sua obra completa;

Apagando, recriando, revisando, vivendo...

Parte num caminho cuja sorte é incerta.

Em seus olhos o destino de muitos viventes,

Em suas mãos o poder do destino mudar.

Em seus ouvidos o clamor de um grito fervente;

Em seu coração a dádiva do ferimento curar.

Sonhar é viver num mundo paralelo,

Possibilidade de se libertar das amarras da vida.

Viver é sonhar, fazer do azul o amarelo;

Ter o poder de fazer a vontade comedida.

E quem pode separar o sonho do real?

Quem nos diz o que é realmente verdade?

Quem possui tamanha e inabalável moral;

Para desviar nosso caminho da tenra felicidade?

Vivendo como robôs prosseguimos, sempre cegos;

Inquestionável é a ignorância que muito nos rodeia.

Submergidos em egoísmo, tais infindáveis egos;

Inutilizamos o tempo que triste nos permeia.

Olgui
Enviado por Olgui em 15/06/2009
Código do texto: T1649367
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