Tecelão de Sonhos
Criando, titilando, bordando, rangendo...
O tecelão se aproxima de sua obra completa;
Apagando, recriando, revisando, vivendo...
Parte num caminho cuja sorte é incerta.
Em seus olhos o destino de muitos viventes,
Em suas mãos o poder do destino mudar.
Em seus ouvidos o clamor de um grito fervente;
Em seu coração a dádiva do ferimento curar.
Sonhar é viver num mundo paralelo,
Possibilidade de se libertar das amarras da vida.
Viver é sonhar, fazer do azul o amarelo;
Ter o poder de fazer a vontade comedida.
E quem pode separar o sonho do real?
Quem nos diz o que é realmente verdade?
Quem possui tamanha e inabalável moral;
Para desviar nosso caminho da tenra felicidade?
Vivendo como robôs prosseguimos, sempre cegos;
Inquestionável é a ignorância que muito nos rodeia.
Submergidos em egoísmo, tais infindáveis egos;
Inutilizamos o tempo que triste nos permeia.