Fugindo das noites frias
Nesta fria e escura noite que eu me encontro,
Fujo dos perigos existentes nessas ruas imundas,
Desvio dos carros que correm apressados,
Desvio da corrida para fazer dinheiro; e sujeira.
Entre prédios que quase tocam o céu, e
Mendigos enrolados em sujeira e papelão
Numa luta, em ser mais rápido que o corte da faca,
Sair da mira de insanos atiradores em janelas escuras,
Manter a atenção no caminho até minha casa,
Cuidar a lua para ver se a noite vai ser longa,
Manter o passo sempre apressado sem cansar,
Não perder um só de vista, nesta rua desumana.
Eu preciso olhar para os lados antes de atravessar,
Não se mostrar indefeso numa cidade hostil,
Saber disfarçar o medo com um sorriso amarelo.
Preciso estar atento num mundo onde todos são suspeitos,
Manter a calma enquanto o inferno se faz aqui,
Voltar pra casa, porque ela se preocupa se estou bem.
Nesta fria e escura noite que eu me encontro,
Me encontro pensando nela e não na minha segurança,
Queria estar sempre ao lado dela, e quando não estiver,
Que ela esteja em um dia de sol, destes sem perigo algum,
Pra não passar frio ou sentir medo. Estar em segurança.
Jamais noites escurar para ela, iluminarei-as com meu coração