A PRAÇA NÃO É DO POVO NEM DO AVIÃO
A Praça perto de casa
não é do condor nem do avião.
Ela tem dono,
não é da prefeitura e nem do povo,
ela é do vabundo e do traficante.
Lá se consome
e se morre aos poucos,
de dia e de noite.
Lá não não tem palmeiras e nem sabiá,
tem um bem-ti-vi triste com aquele cheiro de maconha.
Ele já não canta e nem bica,
pois lá tem um pó branco que deixa qualquer um louco
e ao passarinho espanta.
Todo mundo sabe, todo mundo vê.
É explícito.
Só Polícia por ali não anda.
Nada sabe, nem disso entende.