Poeminha moderno

Abro a Janela

que não é a corrediça

dos meus aposentos,

moderna, processa dados.

olho mágico que vê

todo ouvido do mundo

apenas executo

um maquinal gesto

num mero toque

num breve clic

dança inquieta

a minúscula lança virtual

e a geometria de pronto

desenha o pseudo-retângulo

destinatários?

reais e/ou virtuais

rabisco scraps

no Scrapbook.

cartas vão e vêm

mal as engendro

e a mão adestrada

aciona

envia o post mail

pensado

consumado.

sou o meu correio

meu carteiro

a saliva ora é inútil

a arábica goma é vã

selos?

um rosto deslumbrado

de olhos atônitos.