(FOTO: Rio Douro e Douro, vistos da estrada Mesão Frio-Régua)
RESGATE D'OURO
Atirei os olhos ao rio
Como quem ao mar se lança
Num barco de esquecimento,
Tentando afogar a frio
O calor do pensamento...
As águas fundas salvaram-nos,
Em pétalas de ondas mansas
Que a brisa elevou em sopro
E de volta os entregaram
À praia ignota, meu corpo.
Vinham repletos de azul,
Que do céu nunca se cansa,
Os meus olhos resgatados!,
E do ouro do seu pecúlio
O rio os trouxe enfeitados!
E das vinhas, em altar-mor
De talha d'áurea fartança,
Recolheu uma oração
E espelhou-a em amor
Nos meus olhos e coração...
Fez-se de veludo o brilho
De todos os tons da esperança,
O fulgor dos olhos meus!...
E como quem segue um trilho,
Ergui-os, em graça, aos Céus!
E como quem nina um filho
E nos braços o balança,
Na alma tomei o Douro,
E em precioso caixilho
O guardei, como tesouro!...
RESGATE D'OURO
Atirei os olhos ao rio
Como quem ao mar se lança
Num barco de esquecimento,
Tentando afogar a frio
O calor do pensamento...
As águas fundas salvaram-nos,
Em pétalas de ondas mansas
Que a brisa elevou em sopro
E de volta os entregaram
À praia ignota, meu corpo.
Vinham repletos de azul,
Que do céu nunca se cansa,
Os meus olhos resgatados!,
E do ouro do seu pecúlio
O rio os trouxe enfeitados!
E das vinhas, em altar-mor
De talha d'áurea fartança,
Recolheu uma oração
E espelhou-a em amor
Nos meus olhos e coração...
Fez-se de veludo o brilho
De todos os tons da esperança,
O fulgor dos olhos meus!...
E como quem segue um trilho,
Ergui-os, em graça, aos Céus!
E como quem nina um filho
E nos braços o balança,
Na alma tomei o Douro,
E em precioso caixilho
O guardei, como tesouro!...