Sepulcro carmim




Em tuas turvas águas,
negras pelo anseio,
de seguir sem devaneio,
jazia minha fé.

Pergunta sem resposta,
que me deixa exposta,
nesse submergir,
sem sufocar.

Ante a adversidade,
d'uma busca infundada,
minha alma nela esta,
sem saber.

Qual a promessa,
dessa vida desconexa,
eu a ti julgar...
pelos idos desvarios.


Que a mim puniu,
omitiu meu fim,
sua boca sem palavras,
foi meu sepulcro carmim.









Loira Paulista
Enviado por Loira Paulista em 14/06/2009
Reeditado em 28/06/2009
Código do texto: T1648349
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