Sepulcro carmim
Em tuas turvas águas,
negras pelo anseio,
de seguir sem devaneio,
jazia minha fé.
Pergunta sem resposta,
que me deixa exposta,
nesse submergir,
sem sufocar.
Ante a adversidade,
d'uma busca infundada,
minha alma nela esta,
sem saber.
Qual a promessa,
dessa vida desconexa,
eu a ti julgar...
pelos idos desvarios.
Que a mim puniu,
omitiu meu fim,
sua boca sem palavras,
foi meu sepulcro carmim.