Versos empurrados
Vou agora fazer uma brincadeira:
para acompanhar a rima, eu digo cadeira.
Opa! Assento, Aposento e maneira,
tudo em nome de dizer: bandeira!
Mostro o rosto aquilo que veio,
mas o resto do sentido se perdeu no meio.
Todos esperam uma harmonia interessante,
enquanto a falta do “algo mais” me é um agravante.
Lembrei-me agora daqueles que esquecem os pontos.
Mas a que ponto quero chegar lembrando desses tontos?
Os pontos de que digo são o “xis da questão”.
Melhor diminuir essa frase então.
O desenho do texto me parece esquisito.
O zig-zag das linhas me lembra um mosquito.
Se é que poderia se chamar de desenho,
esse vai-e-vem de versos que tenho.
Rio de mim sobre mais uma rima chula,
agora, essa frase, me pareceu de uma mula.
Perdi o rumo. Já não estou indo a meta.
Já que estou nesse prumo, vou seguir minha reta.