Isadora

Porque não soube das rosas,

esqueci dos versos e das prosas.

Agora, sou o homem que não chora.

Aquele, que por isso, perdeu Isadora.

À noite já não a sinto,

sequer o porre de absinto.

Não! Não a esqueci!

Só com ela foi que vivi.

Atrás de qual Aurora,

esconde-se Isadora?

Em que tempo estará a hora

de sonhar outra Isadora?

Indecisão de quem ri e chora,

nesse escuro que a tudo devora.