Uma graça de pequena
UMA GRAÇA DE PEQUENA
Não se recorda o dia,
Sabe-se o mês, junho...
Ela chegou e abafou
Traquinas e pequenita
na casa se instalou
dos móveis se apossou
Em nossos corações
fez a caminha , se aninhou...
E a vida fez-se mais bonita,
em meio a muita bagunça e coco...
Sapatos, meias, jornais, comida das rivais,
e de todo o mais ela se fartou...
Apaixonada por refris, pipocas, balas e pirulitos
alegre e malandra, afeita a agitos,
sem nunca se preocupar com os homens e seus conflitos...
tamanho não tinha, estéticamente isto nunca a preocupou
a carinha pequenina, as orelhas enormes, os olhos verdes
perquirindo o fínito e o infinito...
Nem mesmo chegou a cogitar os gatos, gatos são somente gatos...
Sempre alerta já bradava seu alto e estridente AU AU,
ou seja, respeita, eu sou MAU...
Pagamos a eutanásia, ela percebeu o esquisito,
Mas como fugir da sorte? deu-se continuidade ao final ato...
Morte suave, sem dores, o homem é que é mau...
É só abrir os bolsos meus senhores..........
ADEUS pequena cadela
ADEUS pequena Milena....
Dorothy Carvalho
Goiânia, 19.10.2.000