Insônia

Também vago pela noite adentro

perdida em meus pensamentos

ouvindo apenas o triste lamento

de amargurados sentimentos

Que lentos invadem e sufocam

dilacerantes, retiram a calma

gritam no escuro, não se calam

duelam ferozes dentro da alma

São tantos de rimas dispersas

e versos que pedem passagem

do insconsciente ouço conversas

e nos dedos suave massagem

Abrupta e assustada salto da cama

um teclado me aguarda na noite

e das palavras, o verso chama

toda a ansiedade em açoite

O poema então se desvela

inteiro, real na fantasia

o sono vem pronto em capela

adormeço nos braços da poesia

Santos, SP

27/05/06

13:50 hs

Guida Linhares
Enviado por Guida Linhares em 27/05/2006
Reeditado em 27/05/2006
Código do texto: T164343
Classificação de conteúdo: seguro