EU, INOCENTE
Eu, sou aquele inocente,
Que fui morto...
Morto pela minha mãe.
Eu, sem poder lutar,
Defender-me ou falar.
Sem saber a razão,
Para ela me matar.
Eu, inocente sem saber,
O que é viver, respirar.
Como ela irá viver,
Sabendo ter morto um filho...
Filho que não conheceu,
Seria Eu, homem ou mulher,
Olhos iguais ao do pai,
Beleza igual a dela.
Eu, vítima de uma covardia,
De um amor... amor cego.
Eu, paguei o preço, morri.
Morto pela minha mãe,
Não consigo saber,
Se ela sente culpa,
Por me matar, inocente,
Ainda um pequeno feto,
Muito antes de nascer.
Fui gerado pelo amor deles,
Com a união dos corpos,
Fiquei tão feliz, iria nascer,
Nela senti o medo.
Por nela eu estar.
Eu, ainda feto inocente,
Que nunca fiz mal,
Morto pela minha mãe,
Vítima de um aborto.