Jazigo Perpétuo

Este tempo que passa

Que parece uma estátua na manhã que nasce

Torna-se um velocista que adentra à tarde

Em procissão coloca as horas

Numa marcha fúnebre em busca da escuridão da noite

E torna-se um jazigo aberto onde são sepultadas

As melhores horas de nossos dias sobre a terra

Eu me ajoelharia todo dia na beira do crepúsculo

E ali olharia nos olhos da noite

Pediria por clemência

De volta os dias que se foram

Se eu pudesse

Se houvesse um jeito

Se eu descobrisse uma maneira

Tentaria entender está lógica

Onde nos tornamos crianças

E por que crianças, nos tornaremos

Robertson
Enviado por Robertson em 11/06/2009
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