Bate, coração!

Era uma vez
um coração solitário
que já,
descrente do amor,
se sentiu novamente
tocado
pelo sentimento da paixão.
Ah, pobrezinho!
Há tanto tempo solitário,
guardado dentro do peito,
marcando apenas
o compasso da vida,
sem nenhum sonho
a não ser
o pulsar enfadonho,
triste até.

Mas surpresas acontecem,
não é?
De repente,
um certo olhar
mudou o rumo das coisas.
Tirou o coração
do prumo
em que estava
e,
um mundo de êxtase,
devorou a monotonia
que habitava
o coração solitário.
A partir daí,
nenhum dia foi
igual a outro.
"E foram tantos
beijos loucos
como não
se viam mais,
que o mundo
compreendeu
e o dia amanheceu
em paz"

Assim uma nova história
foi escrita,
para que qualquer
um entenda,
que um coração
adormecido,
abatido pelas
dores da vida,
pode sucumbir
sem data marcada
às loucuras da paixão.

É o inesperado
que transforma
os dias cinzentos
em raios de sol
deslumbrantes.