Confissão.

Espelho empresto este rosto,

Confuso, contesto neste gesto

Imaturo desejo manifesto,

Procuro pelo nervo exposto.

Trago desertos belos e vastos

Calo o incerto, espanto o susto,

Pagando em dor, um preço justo,

Um terço a mais que todo o gasto

Fazendo contas somando juros,

Andando as tontas, sem futuro

Todas as pompas apontam zeros

Nada desponta para paz que quero

Acuso a causa quando me contesto

Guardo o sonho e calo em protesto.