Franco-atiradora
Estou em tua linha de tiro
Entrincheirada
és invisível franco-atiradora
Desarmado e sob fogo cruzado
nem insisto fugir
Quero muito um tiro em cada poro
para não restarem dúvidas
de minha salvação
Descobrirás
que na primeira crise por tua ausência
comecei a gritar grunhir mugir berrar
Lobo a acuar luas
mijei postes, escarvei, pastei
Elegi estrebarias para meu sono
e carniças para meu alimento
A última crise por tua ausência
trouxe-me o sossego dos desmemoriados