Incerto tédio

De tanto ir na direção contrária

De tanto contradizer o que eu mesmo falo

Talvez seja melhor esquecer

Ou continuar a sofrer,

Calado!

Fugir por aí,sem ter aonde ir

Desmerecer a verdade de ser o que sou

Prender a pouca luz que sobrou

Ou melhor,

Deixar desmontar o que falta cair !

Nem de perto renego

Nem de longe espero

Espero o Sol se apagar

E a escuridão não existe

O vácuo disperso resiste!

Parece ter som coagulado

Na carne do ouvido apagado

De tanto correr,de tanto sofrer

Não mereça viver!

Corre,corre,corre!

Esperar ainda é o melhor a fazer

Mas,corre,corre,corre!

Ficar esperando não vai fazer esquecer!

Mas,correr,correr,correr?

Também não faz parar de doer

Então o que faz para o mundo

É ser despresível morimbundo!

Devagar,quase parando

Lentamente,quase suspirando

Coração chor,quase soluçando

A mente vaga,quase se apagando.

As dores do planeta,inspiração

As faíscas do cometa,se propagarão

De olho por olho,exterminação

No peito lateja o pedido de perdão.

Quase nada de fútil

É o meu choro inútil

Quase nada abala meu tédio

Nada abala meu tédio!

Ligia Albarracin

Ligia Albarracin
Enviado por Ligia Albarracin em 09/06/2009
Código do texto: T1639616
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.