DUNAS AO VENTO
Eu deslizando sobre as dunas da ilusão...
Eu deliro às carícias que lambem-me o tato...
Súbito, o agito, o esvoaçar dos alvos grãos
pelos sopros plangentes dos ventos dos fatos!
Eu deslizando sobre as dunas da ilusão,
dourando minha pele ao sol bom, todo grato...
Lançam meu corpo às bravas ondas, águas-mãos,
esses sopros plangentes dos ventos dos fatos!
Eu deslizando sobre as dunas da ilusão
que arrebatadas, levantadas com maus tratos
pelos sopros plangentes dos ventos dos fatos,
vergastam minha essência aos golpes de um tufão.
E eu a fazer, entregue aos riscos abissais,
ininterruptos movimentos espirais...