Vazio
Tentar se aprofundar na imensidão dos pensamentos
Mergulhando em dimensões insólitas e desconhecidas
É aventurar-se em direção ao destino
Etéreo, indomável, imprevisível como o vento
É experimentar infindáveis partidas
Sem jamais subjugar-se ao desatino
E então perambular sem compromisso pelo vazio
Ah. Um vazio sem fim. Sem fronteiras, sem divisa
Sem cor, nem aroma... Sem densidade!
E entregar-se sem receio a um abraço que é frio
Que como tentáculos, aprisiona de maneira concisa
E insinua e profetisa mera realidade
Vazio pleno, condensação de nada
Avesso do tudo, apreço de não existência
Personificação da inutilidade
Idéia fugaz extraviada
Frívolo sentido de incoerência
Que reduz ao vazio, toda possibilidade!
Priscila de Loureiro Coelho