Vazio

Tentar se aprofundar na imensidão dos pensamentos

Mergulhando em dimensões insólitas e desconhecidas

É aventurar-se em direção ao destino

Etéreo, indomável, imprevisível como o vento

É experimentar infindáveis partidas

Sem jamais subjugar-se ao desatino

E então perambular sem compromisso pelo vazio

Ah. Um vazio sem fim. Sem fronteiras, sem divisa

Sem cor, nem aroma... Sem densidade!

E entregar-se sem receio a um abraço que é frio

Que como tentáculos, aprisiona de maneira concisa

E insinua e profetisa mera realidade

Vazio pleno, condensação de nada

Avesso do tudo, apreço de não existência

Personificação da inutilidade

Idéia fugaz extraviada

Frívolo sentido de incoerência

Que reduz ao vazio, toda possibilidade!

Priscila de Loureiro Coelho

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 11/05/2005
Código do texto: T16394