COMPUTADOR
A beira do abismo
A beira do computador
Por mais cosmopolita a flor descalça
Na fresta da vida a vidraça quebrada
No computador inalando resto de vida
De amor vagando na imprecisa tela esmera
Na revoada pássaros noturnos
Espreita a imensidão dia cinzento
Ofusca a retina
Acelerado olho dormente na parede
Suavizada a córnea
Ingrata vida reluz pelo quarto apertado
Na tela imprecisa
De cores bizzaras
Apaga-se num facho
Escuridão profunda
A beira do computador
Cessou a vida