O brilho do novo mundo

Um instante de loucura

Quebrou as grades da minha lucidez

Num instante, o que era escura

Brilhou aos olhos pela primeira vez

Quando as asas dos anjos se romperam em sangue

A malicia e as sombras pulsaram nas veias

As mascaras e os trajes se puseram ao chão

O brilho que mostrou as teias

Fez-se a espada empunhada com exatidão

De cabeça em pé

Com a luz empunhada

Sentia a pele transpassada

Pelos olhares que rasgavam a alma

Como garras afiadas

O cego tem a vantagem de não ver a escuridão,

Que reina na face impressa,

De quem vive no feudo do senhor cifrão;

De quem não tem pai não, tem mãe, não tem irmão;

A quem, de tudo a ganância se faz patrão;

É um mundo novo;

Onde os novos horizontes configuram,

Uma nova situação;

É um mundo bobo,

Onde nada é o que parece;

Tudo é o que não parece,

E ninguém tinha a intenção;

Neste mundo o deus se chama eu,

A religião cabe no bolso,

A família tem um preço,

O valor do homem varia com a movimentação da bolsa,

E quem tem espírito, pena

Vagando no deserto vale de lagrimas.

danms
Enviado por danms em 08/06/2009
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