"No Primeiro Céu"
“... Por sobre as nuvens, noto o quanto é pequeno o artista diante do imenso universo da divina inspiração que o move.
O artista é instrumento tocado pela superior energia do cosmo,
Deus, Deuses, Deusas.
Divindades que o colocam a prova a cada sopro divinal de inspiração em suas narinas.
O objeto motivador pode ser Mulheres, Deusas, Ninfas, Nuvens.
O céu pode ser o de Paris ou Viena, Salvador, Rio, Atenas, ou de qualquer outro lugar.
O que difere é a forma de olhar.
O Arauto é tão igual ou comum como qualquer mortal.
O que o torna diferente é saber que não é encantado e sim que encanta,
Toca,
Suplanta.
A cada trabalho.
Em cada castelo de baralho que ele monta.
O poeta, cria a partir do universo que o circunda.
Circunstancias retiradas da abstrata inspiração.
De olhos vendados eles penetram e visualizam as formas e palavras a serem usadas. Onde eles dão vida as viagens do seu Eu superior.
Elo entre o átimo de pó que ele representa no universo e o seu EU, a imensurável força criadora que o domina no ato da criação. Emoção e Paixão o movem.
Contidas sob pressão explodem.
Se espalham e contagiam.
E o artista cria e devolve ao universo,
Toda a força que lhe é emprestada.
E volta a ser observador das nuvens, dos céus.
Brancas e imaculadas.
Em suas mágicas e belas formas Aladas...”
("No Primeiro Céu", by Carlos Venttura)