Cinzenta Manhã...
Cinzenta manhã de garoa intermitente,
Obrigando os pássaros dos meus sonhos
Debandarem, quiçá para sempre...
Balada triste repetindo inclemente.
Réstias de esperança que componho,
Tentando evitar o começo do fim,
Fugindo das lembranças, de mim...
Floresta, caminho fechado,
Sem atalhos, sem retorno ...
Olhar estrábico, visão empobrecida,
Mergulho no nada da vida...
E ali no vazio descubro minha alma,
Sem energia, tão cansada...
Descrente de tudo que vê e ouve.
Pesarosa, errante, maltratada...
Uma leve brisa sopra... e ela se apaga...
Mary Trujillo
11.10.2004
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