DESAPONTOS
O ponto aponta o espanto do fim,
deixa perguntas suspensas.
Com o ar quente dos meus pulmões,
sussurrei palavras ao teu ouvido.
Quisera convencer-te
de que o amor é quente, como palavras sopradas,
saindo de dentro da vida pulsante.
Desde que o mundo era para mim pequeno,
conversava com vidraças embaçadas em dias frios:
talvez já sonhasse contigo...
Porém, de nenhum desses trens expressos
desceste ao meu encontro.
Claro, certa vez houve aquele bilhete prematuro;
papel amarelado que passou do tempo de um contato.
Um dia acreditei que o Vento Norte
era um terrível feiticeiro, capaz de levar embora o meu desejo;
aquele que eu colocara em palavras desenhadas,
mas ele soprou sobre o papel branco
e sujou meu vestido de domingo.
Desde que o mundo foi tão vasto que te levou para longe,
paro no meio da chuva:
na solidão do vidro embaçado do meu carro
risco palavras que não podem alcançar-te.
nilzaazzi.blogspot.com.br
O ponto aponta o espanto do fim,
deixa perguntas suspensas.
Com o ar quente dos meus pulmões,
sussurrei palavras ao teu ouvido.
Quisera convencer-te
de que o amor é quente, como palavras sopradas,
saindo de dentro da vida pulsante.
Desde que o mundo era para mim pequeno,
conversava com vidraças embaçadas em dias frios:
talvez já sonhasse contigo...
Porém, de nenhum desses trens expressos
desceste ao meu encontro.
Claro, certa vez houve aquele bilhete prematuro;
papel amarelado que passou do tempo de um contato.
Um dia acreditei que o Vento Norte
era um terrível feiticeiro, capaz de levar embora o meu desejo;
aquele que eu colocara em palavras desenhadas,
mas ele soprou sobre o papel branco
e sujou meu vestido de domingo.
Desde que o mundo foi tão vasto que te levou para longe,
paro no meio da chuva:
na solidão do vidro embaçado do meu carro
risco palavras que não podem alcançar-te.
nilzaazzi.blogspot.com.br