SILÊNCIO

No silêncio, vozes
meu medo do escuro
pânico, tédio
travesseiro, escudo
tristes olhares
de mim
sobre mim
dentro em mim,
entranhas,
que coisas
estranhas;
pessoas e manhas,
manhãs de ciúmes expostos,
ossos quebrados
corações rasgados,

íntimos gostos
sou esse quem sou
recôndito
esquisito
apático
que nem me conheço
nem sei se mereço
te amar
nesta solidão!