O Canto Liberto
Não tarda o triste povo
A dar seu grito em liberdade.
Virá das ruas, das cidades,
E dos pulmões em pleno sopro.
Pois tão cruel tem sido
O trato dado a esta gente,
Que mais se dá e muito sente
A viva voz do despotismo.
Contra toda a tirania governante
Que oprime a humanidade,
Que se esconde da verdade,
Virá do povo, apraz, a mão cortante.
Porque já é hora de saber mais
E ver o rosto do poder que já ruiu.
Pois se um dia um déspota caiu,
Há de cair outros mais.