NO DESCASO MORRE O AMOR...
Vejo por entre os dedos
Escorregando sonhos e ilusões...
Crepita a chama de um amor
Esvaindo-se no descaso...
Afoita por viver
Tento segurar as horas
Os dias e momentos felizes
Ao longe o lago de águas cristalinas
Onde banhei minhas esperanças
Tudo em vão!...
Firmam-se na impessoalidade as relações
Ardente o coração que tanto amou
Sente as lágrimas rolando...
Minhas mãos pequenas
Tremulas...
Ansiosas, tentam segurar o sol,
Mas o dia acabou...
No poente vai declinando
Não há volta
Detrás dos montes vai se escondendo
Sem olhar atrás
Segue rumo a outro amanhecer!...
Sem lembrar do tanto que ofertei
O dor vai calando fundo na alma
Matando aos poucos o que foi um grande amor...
Santo André
SP-BR
11.05.2005