Cadê?

Viste, por aí, passar um canto?

Saiu daqui apressado,

Cruzou a porta alongado,

Dizendo buscar o mar.

Alguém vi, por aí, um canto

Magnânimo, embevecido,

Cheio de encantos coloridos,

lançando flores, colhendo sorrisos?

Quem viu o canto encantado,

Amigo das almas, acalento dos prantos,

De mãos macias e doce cantar

Que vive buscando corações afagar?

Tragam-me, aqui, este canto bordado

Em flores guardado,

Em rochas incrustrado,

Buscado, rasgado,

Nos corações dos poetas.

Otelice Soares
Enviado por Otelice Soares em 06/06/2009
Reeditado em 06/06/2009
Código do texto: T1635264