Cadê?
Viste, por aí, passar um canto?
Saiu daqui apressado,
Cruzou a porta alongado,
Dizendo buscar o mar.
Alguém vi, por aí, um canto
Magnânimo, embevecido,
Cheio de encantos coloridos,
lançando flores, colhendo sorrisos?
Quem viu o canto encantado,
Amigo das almas, acalento dos prantos,
De mãos macias e doce cantar
Que vive buscando corações afagar?
Tragam-me, aqui, este canto bordado
Em flores guardado,
Em rochas incrustrado,
Buscado, rasgado,
Nos corações dos poetas.