Virtual
O virtual (des)virtua
O homem do nosso tempo.
Ele sofre de uma voz que não é sua
E que sobrevive ao momento.
Pula, sofre, grita, ri,
Em frente ao computador.
Só para enganar
Os algoritmos de sua dor.
Bem viu a matriz da sua vida
Escrita por MSN. Suas mensagens explodem
No tambor da aldeia tímida.
Observa a (re)produção imperfeita
Do real. Realiza os seus desejos
Em cada lampejo dessa rede sepucral.