TÉDIO

Não te disse que não temos mais nada,

não me disse que seu entusiasmo acabou,

so tem visão para o que vem pela frente,

de costas um paro outro. Sabemos que bastou.

Meu olhar distante nada vê a meu redor,

mas sei que o breu tapa o caminho da saída,

somente uma prece para me livrar do convívio.

Do convivio frio de uma mulher sem vida.

Ah! e somos vistos a sair por ai sorridentes,

o tapete estufado com tudo para ali varrido.

alguém perspicaz, nota que sorrio amarelado.

quase sarcastico parecendo divertido.

O adeus as brigas deu lugar a indiferênça,

o silêncio sepucral permeia a fumaça do cigarro,

pois chego tarde cheirando a perfume barato.

ressendendo a bebida e o sapato? só o barro.

Um conhecido me chama para um favor.

alívio para as próximas horas de ausência.

paliativo de prazer, cada vez mais raro.

e nos ausentamos com mais frequencia.

por fim sem remédio abandono o barco,

voupara as margens, para não afundar.

o rombo e grande e não dá conserto.

são marcas do desgaste desse amor vulgar.

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 05/06/2009
Código do texto: T1634012
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