TÉDIO
Não te disse que não temos mais nada,
não me disse que seu entusiasmo acabou,
so tem visão para o que vem pela frente,
de costas um paro outro. Sabemos que bastou.
Meu olhar distante nada vê a meu redor,
mas sei que o breu tapa o caminho da saída,
somente uma prece para me livrar do convívio.
Do convivio frio de uma mulher sem vida.
Ah! e somos vistos a sair por ai sorridentes,
o tapete estufado com tudo para ali varrido.
alguém perspicaz, nota que sorrio amarelado.
quase sarcastico parecendo divertido.
O adeus as brigas deu lugar a indiferênça,
o silêncio sepucral permeia a fumaça do cigarro,
pois chego tarde cheirando a perfume barato.
ressendendo a bebida e o sapato? só o barro.
Um conhecido me chama para um favor.
alívio para as próximas horas de ausência.
paliativo de prazer, cada vez mais raro.
e nos ausentamos com mais frequencia.
por fim sem remédio abandono o barco,
voupara as margens, para não afundar.
o rombo e grande e não dá conserto.
são marcas do desgaste desse amor vulgar.