CHERRY, C'EST LES CATRE ÈTATIONS!

Das primeiras horas do dia

O outonal vento vindo do sul

Flores feito aletas

Rodopiam em busca de paz

A luz tênue da manhã

Já afoita em chegar, seu corpo

Ainda recolhido ao aconchego da noite passada

O Sol pouco brilha

Mas suas matizes trazem um ar de alegria

E de parcas vestes, da janela

Movimentos sonolentos adentram na paisagem

O fresco cheiro do café

Se confunde com os restos de cinzas

Que purgam em algum canto

Tens os olhos ainda insones

Nem a água refaz a dormência

Sim, ainda que descansas

De uma fausta jornada anterior

Se preocupas com a falta de um ano novo

Mazelas para pensar depois

Pensamentos que vagam nessas horas

Por um dia inteiro ao lazer

Humm! um dia inteiro...

Quão propício...

Ah! está maré baixa

Inibida nos contra-fortes mais adiante

Traz a calmaria, os cheiros do amor

Uma saga que só esta ternura pode compreender

Que ainda no leito, transpira os aromas da volúpia

Qual visão me é mais grata?

Hum!, bendita seja minha sorte

No contraste de outrora

Com todos os gritos a ecoar

Nada, apenas amor

Hum!, sublime despertar

Um olho na água a espera de mil carícias

Enquanto contemplo a sua nudez.

Por tantos anos, por tanto amor.

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 11/05/2005
Reeditado em 22/10/2006
Código do texto: T16339
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