Longada
Nada como a paz primeira do dia!
Me faço nascendo e compreendendo viver,
Ouço no tom mais harmonioso a melodia,
Difícil sorrir e depois esquecer.
Vejo o burburim forte da cidade...
Não acredite em coisas prontas:
Tento explicar minha eterna mocidade,
Mas descubro algo que me afronta.
São anos de toda vida inconstante,
São marcas que não foram pensadas.
Todo os devaneios finitos e sem horizonte,
Fetiches acabados em mente cansada.
Mistura romântica e de casta bruta
Tal como fruto com grande caroço.
A primeira canção já não escuta
Meu coração em alvoroço.
Findo o dia um pouco mais triste,
Confiando um pouco menos no homem.
As luzes e sorrisos dizem que ainda existe
A paz do amanhecer, como ontem.