Longada

Nada como a paz primeira do dia!

Me faço nascendo e compreendendo viver,

Ouço no tom mais harmonioso a melodia,

Difícil sorrir e depois esquecer.

Vejo o burburim forte da cidade...

Não acredite em coisas prontas:

Tento explicar minha eterna mocidade,

Mas descubro algo que me afronta.

São anos de toda vida inconstante,

São marcas que não foram pensadas.

Todo os devaneios finitos e sem horizonte,

Fetiches acabados em mente cansada.

Mistura romântica e de casta bruta

Tal como fruto com grande caroço.

A primeira canção já não escuta

Meu coração em alvoroço.

Findo o dia um pouco mais triste,

Confiando um pouco menos no homem.

As luzes e sorrisos dizem que ainda existe

A paz do amanhecer, como ontem.

Tarcízio
Enviado por Tarcízio em 05/06/2009
Código do texto: T1633156
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