REEDITANDO DEVANEIOS DE UM HOMEM
A chuva cai fina e fria la fora,
A umidade na janela escorre e chora.
As árvores balançam tentando expulsar a minha dor
Caem as folhas e também as tristeza de meu peito
De uma tarde molhada como as dores do desfeito.
Ela se foi junto a brisa que passou
Levando saudades que de mim arrancou.
Cai a noite e a escuridão toma meu ser
Junto a dor e as saudades começo a ler.
As letras brincam e dançam a minha frente
São as lágrimas que se misturam a elas.
Seu perfume ainda sinto junto a janela
Corpo entrelaçado ao meu ainda a vejo
Tocando-me com seus gracejos.
Beijos ardentes e úmidos de despedida
Sofro choro e grito a dor da fera ferida.
As lágrimas lavam o resto de uma esperança
Só me resta o monólogo da distancia.
Cansado,durmo em cima da solidão
Cobrindo-me com as amarguras de uma rejeição
Com o frio de minha alma que se mistura com a noite fria
Procurando esquecer ou na esperança em vê-la um dia.
O sol agora insiste em bater minha janela
Abro e o deixo entrar para me aquecer.
Algumas gotas caem ainda la fora
Caem algumas lágrimas também agora
Mas há um novo dia...é uma aurora.
A vida segue no seu traçado normal.