Borboleta

Planam serenas e taciturnas as tuas asas,

sofrem com o ar tuas antenas frágeis e trêmulas,

vais perambulando pela rua, invade os cômodos das casas,

pousa com cuidado, executa vôos solícitos.

Tem multicores como estampa em cada estrutura de vôo,

talvez uma maquiagem que forma desenhos simétricos, aos olhos extasiantes:

pinturas foscas de cores escuras, cores misturadas, vívidas cores,

desenhos em forma de gotas em cada asas manifestam-se exuberantes.

Torço pra que te encontrem olhos de admiração apenas,

para que te percebam nessa formosura existencial inexplicável,

vendo os teus vôos discretos, o teu pousar soturno, tua aparência encantadora,

e te deixem partir quando tiveres de ir (somente),

para então planares bonita entre esses nossos ares de poucos enfeites.

Camila Trideli
Enviado por Camila Trideli em 04/06/2009
Reeditado em 04/06/2009
Código do texto: T1631700