NOVOS DIAS
NALDOVELHO
Vento que venta perverso
e desmancha castelos de areia,
que traz tempestade pra perto
e inquieta meu coração.
Vento que venta aqui dentro
e derrama rascunhos de versos
que formam poemas ardidos,
paridos assim sem sentido,
e que ficam pelo caminho
a dizer que o poeta é um tolo
que busca na palavra o consolo
pras perdas do desamor.
Vento que venta nervoso
e traz insônia insistente,
saudade batendo na porta,
luz da lua escondida que avisa,
nuvem negra trouxe um presente:
nostalgia com cheiro de mato,
que pela janela invade meu quarto
e desarruma todas as coisas
e ainda por cima me diz tantas coisas:
que a solidão que eu temo
é quase nada, é bobagem,
que depois da tempestade
outros castelos de areia surgirão,
pois enquanto houver o poeta,
novos dias virão.
NALDOVELHO
Vento que venta perverso
e desmancha castelos de areia,
que traz tempestade pra perto
e inquieta meu coração.
Vento que venta aqui dentro
e derrama rascunhos de versos
que formam poemas ardidos,
paridos assim sem sentido,
e que ficam pelo caminho
a dizer que o poeta é um tolo
que busca na palavra o consolo
pras perdas do desamor.
Vento que venta nervoso
e traz insônia insistente,
saudade batendo na porta,
luz da lua escondida que avisa,
nuvem negra trouxe um presente:
nostalgia com cheiro de mato,
que pela janela invade meu quarto
e desarruma todas as coisas
e ainda por cima me diz tantas coisas:
que a solidão que eu temo
é quase nada, é bobagem,
que depois da tempestade
outros castelos de areia surgirão,
pois enquanto houver o poeta,
novos dias virão.