SEGREDO
O sangue fluindo, pelas periferias.
Comportadas esperanças ,vazias.
Como o segredo, jogado no vento.
Toma proporção, no comprimento.
Charques pisados, foram ficando.
Como pedra na lama , afundando.
Enquanto pisada, jamais sentida.
Segredo que morre, na despedida.
Um tempo varrendo, meu coração.
Calado entregando, a voz á razão.
Segredo simplesmente, tão difuso.
Afrouxado enrosco, num parafuso.
Morre segredo, sem ser revelado.
Amor então, pertencido ao passado.
Sendo bom enquanto, a tal tristeza.
Cunhada em meu rosto, a surpresa.