MEUS RASTROS
NALDOVELHO
Rastros, riscos, restos,
vestígios dos meus passos,
sentimentos aprisionados,
paixões disfarçadas em versos,
onde busco desnudar-me,
mostrar minhas dores.
Alguém já disse:
és como um pássaro,
e as penas estão por dentro,
e os meus vôos, os faço em sonhos,
muitas vezes sem nenhum cabimento.
Coisas do sentimento
que não ousou se mostrar por inteiro,
apenas em lágrimas disfarçadas,
camufladas em poesias.
Quantas coisas escondidas,
guardadas em meus guardados:
amor, paixão, nostalgia,
imagens que teimam
em permanecer arredias,
cicatrizes escondidas
que queimam, reclamam,
coisas não paridas,
outras mal nascidas.
Só que eu ainda sou um poeta
que se atreve a permanecer vivo,
que tenta fazer do passado
o norte para o seu rumo,
das lembranças, que ainda vivem,
o bálsamo para as feridas
e dos seus pobres poemas
o inventário de uma vida,
que ainda assim vale a pena
continuar a ser vivida.
NALDOVELHO
Rastros, riscos, restos,
vestígios dos meus passos,
sentimentos aprisionados,
paixões disfarçadas em versos,
onde busco desnudar-me,
mostrar minhas dores.
Alguém já disse:
és como um pássaro,
e as penas estão por dentro,
e os meus vôos, os faço em sonhos,
muitas vezes sem nenhum cabimento.
Coisas do sentimento
que não ousou se mostrar por inteiro,
apenas em lágrimas disfarçadas,
camufladas em poesias.
Quantas coisas escondidas,
guardadas em meus guardados:
amor, paixão, nostalgia,
imagens que teimam
em permanecer arredias,
cicatrizes escondidas
que queimam, reclamam,
coisas não paridas,
outras mal nascidas.
Só que eu ainda sou um poeta
que se atreve a permanecer vivo,
que tenta fazer do passado
o norte para o seu rumo,
das lembranças, que ainda vivem,
o bálsamo para as feridas
e dos seus pobres poemas
o inventário de uma vida,
que ainda assim vale a pena
continuar a ser vivida.