Entre a vida e o sonho!
Madrugada, acordada e dominada.
Por esse impulso de escrever
Que envolve meu descolorido mundo,
Com as cores da esperança.
Num sonho traçado,forjado no fogo sideral,
Um mundo invisível,mais para mim, tão real.
Hoje, mais lírica que atrevida.
As frases se fazem presentes.
E uma aurora de cores, desperta amores...
Não sou eu quem comanda minha mente,
Meus dedos ganham vida...
E perseguem uma imagem sem rosto.
Um homem de bluma...Mãos de mágico.
E ele, é quem comanda o espetáculo!
Me coloco no centro do calendoscópio,
Refletindo no espaço...Tanta luz,que cega o meu entender.
Ilusão de mil cores,cintilantes,brilhantes,
Como só o astro rei pode ser.
Alma confusa, pensamentos difusos.
Me vejo então assim...Sem controle de mim!
Me entrego inteira a ilusão,
Dando asas a imaginação,
Intergindo com a inspiração!
Meu corpo, então etéreo, reluz.
Se despe e transpira emoção.
Me entrego a paixão.
Só consigo ouvir a melodia de uma voz,
O som, que no momento,
Me revela o silêncio... Um riso cristalino.
Melodia suave, encantador de serpentes.
Oásis de minha solidão,
Alforria minha, em forma de canção.
Eros dominando Pisequé...
Perdida de amor por um você.
Num pariaso sem forma, só cor...
É assim que me inspira,
O homem que envolve meus sonhos.
Ele faz meu viver mais feliz.
Me tendo suave como a uma dozela.
Outras vezes agressivo, selvagem
E o instinto me diz.
Sou só uma meritriz...
E descortina-se a verdade,
As duas são uma só...
Satisfação não usar máscaras,
Vezes nobre, nem tão torpe.
Lânguida na madrugada,
Enlevada, com as carícias da brisa.
Que entre pela janela e convida ao prazer,
O sussuro do vento acariciando meus sentidos,
Enebriando meus pensamentos.
Versos, gritando ensistem,
Em ganhar forma nas rimas.
Então vencida, me entrego a escrita.
Transportando as emoções, dando forma nas linhas,
As emoções...Descrições, confissões.
E numa folha em branco, sem vida,
Aflita por ser preenchida,
Meus sentimentos afloram...
Brotam das entranhas do meu coração.
Sobrevivo transcrevendo emoções.
Os apelos de uma alma.
Condenada a solidão,apaixonada pela imagem.
De um apolo veloz,que deixa sua marca
Por onde sua mão passa.
Como uma carruagem de luz,
Facinante e diáfona me seduz.
E os meus olhos conduz,
Ao seio do gozo pleno.
Sem preconceitos, sem medos.
Descanso relaxada e feliz
E só assim, posso mais uma vez,
Voltar e ficar, entregue na madrugada,
Aos braços mornos de Morféu.
Atropelo-me então nestas linhas.
Dado vazão as tristezas, que desejam,
Afogar-me a alma... as mazelas,
Que impedem que meu sorriso se espalhe.
Ilumine meu louco viver...Tanto que procuro por te!
Tanto que te espero enfim.
Vago num esmo, espaço de tempo sem marca.
Rosa-de-ventos, que pétala falta,
Desorientando assim minha emoção.
Fico então,vunerável a paixão!
A um olhar que me chega, brilhando no infinito.
Transformado-se em meu horizonte perdido...
E nem ao menos sei o teu nome!
Mais tua presença me consome.
Deixa meu corpo aflito,
Excitado ensaindo passo...
No teu alcance transpondo dificuldades,
Medo e açoites...Pois que se é noite em meu viver,
Procuro o amanhecer do teu querer!
E traspiro liberdade nos meus versos,
Indo e vindo a fonte,
Que mata minha sede de aventura,
Tua imagem, broxura, transformada em encardenação,
Pela força nossa paixão!