Assoalhos!

O rigor que asfixia, traumatiza,

O senso mais perdido, equivoca-se,

Abusos cometidos com muita confiança,

Saia justa na vaga da ostra, viração,

Tensão que vibra por mais que se fale,

Andar incauto pela via sem eira nem beira,

Trafegando numa onda mais irada,

Não adianta lastimar o tempo perdido,

Cada melodia tem a nota que merece,

A imprudência que se auto-consome,

Poucas sobras para novas lágrimas,

Inversão que se tira de valores,

Cala-se na somatória dos prejuízos,

Vergonhas que se implantam por si mesmas,

Cenas desmontadas no desalinho amoral,

Perguntas que a resposta não vem,

De tudo que se tira, restos que sucumbem,

Novos avisos com rompantes líricos,

Beijo salgado para uma boca seca,

Se faltar mais alguma coisa, dane-se,

Cobertura glacial na face de madeira!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 25/05/2006
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