FARPAS
NALDOVELHO
Farpas, espinhos, feridas,
palavras despropositadas,
caminhos para uma despedida
que se fez tão de repente.
Esperanças frustradas,
histórias interrompidas,
coisas que permanecerão latentes,
relicário sagrado em silêncio.
Tentei semear versos partidos,
ungidos pelo adeus, sofridos,
tentei alquimizar energias
confusas, disformes, difusas.
Soçobraram dor e cansaço
em sentimentos controversos,
em olhares descrentes
e em algumas poucas sementes.
Se a lágrima não chorada
cristalizou-se dentro de mim,
quantos poemas serão precisos
para dissolver esta dor?
NALDOVELHO
Farpas, espinhos, feridas,
palavras despropositadas,
caminhos para uma despedida
que se fez tão de repente.
Esperanças frustradas,
histórias interrompidas,
coisas que permanecerão latentes,
relicário sagrado em silêncio.
Tentei semear versos partidos,
ungidos pelo adeus, sofridos,
tentei alquimizar energias
confusas, disformes, difusas.
Soçobraram dor e cansaço
em sentimentos controversos,
em olhares descrentes
e em algumas poucas sementes.
Se a lágrima não chorada
cristalizou-se dentro de mim,
quantos poemas serão precisos
para dissolver esta dor?