DESFAZENDO CONCEITOS
O que da sentido a vida, não tem tamanho nem cor muitas
Vezes nem sabor e muito menos tem cheiro, pode ser
Um exagero dizer que tudo é igual, pois no sentido real
O mundo é todo instantâneo, e não pertence ao demônio
O poder de enfeitiçar, quem souber manipular a mente
Do individuo que vai ser persuadido sempre com muito
Cuidado por alguém gabaritado, na arte da ilusão e
Arrebatando o coração daquele desavisado que se sente
Apaixonado por quem lhe dar atenção, mas precisa ser
Avisado, pode ser um charlatão.
Para que se viva bem, é preciso esta disposto a saborear
O gosto das coisas simples da vida, que por vezes são
Sentidas no canto do sabiá, no mau cheiro do gambá
Que tem beleza esplendida, ou no curral da fazenda
Com o odor do esterco, que depois de trabalhado vai
Ser bem utilizado, como adubo orgânico isto parece
Até cômico comparando com o passado, onde tudo era
Adubado com calcário industrial, causador de muito
Mal a quem fazia a ingestão desta alimentação contida
De uma beleza que envenenava a mesa e ninguém se
Dava conta.
LUSO POEMAS 21/11/14