morte

Próximo do fim estou

Sinto que o anjo me foi enviado

As horas não mais importam

Nada mais importa

Não arrependo-me de nada

Pois isto não me salvara

De que adianta, posso olhar para traz.

Mas não posso voltar

Não posso mudar

As coisas que fiz

A duvida me toma

Não sei qual será meu lugar

Pois neguei meu Deus

Mas não juntei-me ao teu Demônio

Agora percebo

Que eu não sei nada

Ninguém sabe nada

Pois se o fim e apenas o inicio

Então o inicio não poderia ser o fim?

A dor não mais me toca profundamente

Sinto-me aliviado

Aliviado do mundo

Ao qual carreguei por anos

Não há sentimentos só um vazio profundo

E indiferença a tudo

Agito-me a espera da calmaria

Não aproximo-me da morte

Mas deixo que ela venha a mim

Confusão e simplicidade

E disto que provem à vida

E disto que e feita à morte

A expectativa chega ao fim

O anjo esta aqui

Apresenta-se de forma mitológica

Dizendo que veio buscar-me

Tudo esta claro agora

Os segredos da eternidade

Desvendam-se perante mim

Mas ainda não me foi revelado meu destino

Inicio e fim se entrelaçam

Vida e morte representam o mesmo nada

Vejo meu corpo vazio, inerte.

E percebo que e o mesmo com todos

Todos somos corpos vazios

Lucas Salles
Enviado por Lucas Salles em 01/06/2009
Código do texto: T1626944
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