morte
Próximo do fim estou
Sinto que o anjo me foi enviado
As horas não mais importam
Nada mais importa
Não arrependo-me de nada
Pois isto não me salvara
De que adianta, posso olhar para traz.
Mas não posso voltar
Não posso mudar
As coisas que fiz
A duvida me toma
Não sei qual será meu lugar
Pois neguei meu Deus
Mas não juntei-me ao teu Demônio
Agora percebo
Que eu não sei nada
Ninguém sabe nada
Pois se o fim e apenas o inicio
Então o inicio não poderia ser o fim?
A dor não mais me toca profundamente
Sinto-me aliviado
Aliviado do mundo
Ao qual carreguei por anos
Não há sentimentos só um vazio profundo
E indiferença a tudo
Agito-me a espera da calmaria
Não aproximo-me da morte
Mas deixo que ela venha a mim
Confusão e simplicidade
E disto que provem à vida
E disto que e feita à morte
A expectativa chega ao fim
O anjo esta aqui
Apresenta-se de forma mitológica
Dizendo que veio buscar-me
Tudo esta claro agora
Os segredos da eternidade
Desvendam-se perante mim
Mas ainda não me foi revelado meu destino
Inicio e fim se entrelaçam
Vida e morte representam o mesmo nada
Vejo meu corpo vazio, inerte.
E percebo que e o mesmo com todos
Todos somos corpos vazios