Mãe natureza

acolho a todos
sem distinção

ofereço-lhes
água
mel
vinho
pão...

o relógio
não para
pare e pense  
   
inspiro
cuidados          
peço-lhe          
socorro!

a degradação
se reflete     
em meus rios     
e mares
florestas     
e ares   
       
me desnudo     
me desfaço
     
em ritmo     
acelerado 
adoeço...  
       
é o que 
mereço?      

não seja
só matéria          
metabolismo                    
ambulante

a cavar
cegamente
procurando          
diamante          

é chegada a hora
de garimpar          
o coração               

aproveitar
o que resta          
de Puro
de Belo
de Bom

buscar
sabedoria
o poder
transformador

não seja               
mero espectador
de sua própria     
destruição!
Isabel Campos
Enviado por Isabel Campos em 01/06/2009
Reeditado em 15/01/2015
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