QUATRO ESTAÇÕES
Dos encontros, as estações da nossa história,
guardo na memória as personagens mais estranhas
e recordo o tempo, em que para ser teu homem,
encarnei o teu desejo, de mil e uma formas.
Na primavera teu coração pediu um romance antigo
e assim, surgia o mais fiel dos cavaleiros
buscando ao cálice sagrado do teu sangue
que corria queimando em minhas veias.
No verão tua vaidade despertou gloriosa
exigindo o símbolo do eterno apaixonado
e fui Romeu - enamorado - sob tua janela
esperando em vão que ouvistes meu chamado.
Com o outono a desfolhar tuas ilusões
precisavas de alguém muito mais ousado
inventei, então, um Dom Juan meio perdido
procurando, em outros rostos, a doçura dos teus traços.
Em nosso último encontro já não rias
era inverno também em tua fantasia,
não querias nada, nem mesmo minhas lágrimas,
e dissestes adeus como quem não me conhecia.
(*) Imagem: Google
http://www.dolcevita.prosaeverso.net
Dos encontros, as estações da nossa história,
guardo na memória as personagens mais estranhas
e recordo o tempo, em que para ser teu homem,
encarnei o teu desejo, de mil e uma formas.
Na primavera teu coração pediu um romance antigo
e assim, surgia o mais fiel dos cavaleiros
buscando ao cálice sagrado do teu sangue
que corria queimando em minhas veias.
No verão tua vaidade despertou gloriosa
exigindo o símbolo do eterno apaixonado
e fui Romeu - enamorado - sob tua janela
esperando em vão que ouvistes meu chamado.
Com o outono a desfolhar tuas ilusões
precisavas de alguém muito mais ousado
inventei, então, um Dom Juan meio perdido
procurando, em outros rostos, a doçura dos teus traços.
Em nosso último encontro já não rias
era inverno também em tua fantasia,
não querias nada, nem mesmo minhas lágrimas,
e dissestes adeus como quem não me conhecia.
(*) Imagem: Google
http://www.dolcevita.prosaeverso.net