Sorry II
Quem me dera ter tanta coisa,
Tanta propriedade, tanta razão,
Mas como falho e tenho orgulho,
Cometo equívocos falo sandices.
Mas se o passado, já passou,
O efeito da bomba continua,
E como pior a emenda que o soneto,
Pedir desculpas é dispensável.
Não posso prometer nada,
Pois não sei como estarei amanhã,
Se mais ameno ou mais altivo,
Mas tenha a certeza, minha cara,
Se puder amenizarei as cores,
Com as quais pintei este quadro.
E mais maduro e menos empertigado,
verei que não se agrada a gregos
e modernos,
portanto oferecerei minha verdade,
mesmo que essa lhe soe hedionda.
A ópera continua,
o soprano ainda não cantou,
e eu ainda nem comecei a falar.