Sorry II

Quem me dera ter tanta coisa,

Tanta propriedade, tanta razão,

Mas como falho e tenho orgulho,

Cometo equívocos falo sandices.

Mas se o passado, já passou,

O efeito da bomba continua,

E como pior a emenda que o soneto,

Pedir desculpas é dispensável.

Não posso prometer nada,

Pois não sei como estarei amanhã,

Se mais ameno ou mais altivo,

Mas tenha a certeza, minha cara,

Se puder amenizarei as cores,

Com as quais pintei este quadro.

E mais maduro e menos empertigado,

verei que não se agrada a gregos

e modernos,

portanto oferecerei minha verdade,

mesmo que essa lhe soe hedionda.

A ópera continua,

o soprano ainda não cantou,

e eu ainda nem comecei a falar.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 25/05/2006
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